Você Lembra?
Rose Red, A Casa Adormecida (Rose Red, 2001)
Por Henrique Britto
Mais uma das tantas adaptações dos escritos do grande mestre do terror, Stephen King, Rose Red, dirigido por Craig R. Baxley filme que talvez muitas pessoas achem demorado - São dois DVD`s, cerca de 4 horas de filme; nos EUA saiu como seriado(e até mesmo monótono). Porém os amantes do terror e suspense de boa qualidade vão amar o filme, e provavelmente vão querer assisti-lo mais de uma vez, pra não perder nenhum detalhe!
A doutora Joyce Reardon (Nancy Travis) é uma professora de universidade obcecada por eventos sobrenaturais, que decide juntar uma boa grana e convocar um time de pessoas consideradas paranormais e em seguida reunir todo mundo dentro da casa adormecida, Rose Red, que pertence à família de seu namorado Steve Rimbauer (Matt Keeslar). Segundo boatos a casa é mal assombrada e cercada por mortes e desaparecimentos inexplicáveis desde sua construção, durante a 1ª Guerra Mundial.
Utilizando todos os clichês possíveis para filmes de casa mal assombrada e trabalhando cada personagem de forma individual, mostrando desde a vida pessoal aos poderes psíquicos de cada um, o filme vai se tornando interessante a cada momento. E do jeito que Stephen King gosta, vamos nos apegando mais e mais com os personagens, que ele vai matando ocasionalmente, um por um (uma beleza!).
Pra quem acha que filme de terror é sangue, não esperem muito de Rose Red, pois o que faz o longa ser uma ótima pedida é exatamente essa expectativa de vermos a hora da “casa cair”, e isso vai acontecendo aos poucos e sem cenas apelativas de carne desfiada e sangue por todos os lados, como temos visto em boa parte dos filmes de terror mais recentes.
Curiosidades!
1 - Este é o último filme do ator David Dukes, que interpreta o diretor da faculdade onde a doutora Joyce trabalha. O ator teve um infarto durante as gravações.
2- O autor Stephen King faz uma ponta no filme como um simples entregador de pizza.
3- Um presente pra vocês: https://stephenkingmovies.blogspot.com/ neste blog vocês podem assistir na íntegra TODOS OS FILMES baseados na obra de Stephen King.
Vestida para Matar
Brian de Palma surpreende nesse longa que utiliza o silêncio como maior elemento de suspense.
Por Hilda Lopes Pontes
Brian de Palma é um diretor renomado por merecimento. Ele comandou obras-primas como “Carrie - A Estranha”, “Os Intocáveis” e “Scarface”. Em todos esses longas percebem-se as tomadas bem planejadas, diálogos arrebatadores e é claro, alguma cena em que o silencio é permanente. Todas essas características estão em “Vestida Para Matar”.
Angie Dickinson interpreta Kate Miller, uma mulher de 40 anos que enfrenta uma crise em seu casamento e, por isso, começa a se consultar com um psiquiatra - Michael Caine (“Dark Knight”, “Miss Simpatia”), que com sua leveza nas expressões se mostra o maior destaque do filme -porém, depois de um encontro amoroso com um homem desconhecido por ela, Kate é misteriosamente assassinada.
Este longa surpreende não só pelo assassinato, mas pela maneira em que a história é conduzida. A inspiração nos filmes de Alfred Hitckcock é marcante, como na cena do museu que lembra bastante “Um Corpo que Cai”. Existe também uma referencia ao próprio De Palma, no take em que Kate Miller toma banho, lembrando demais o de Siccy Spacey em Carrie.
Outro fato marcante neste filme, é que apesar de nos tempos atuais o estilo dos longas estadunidenses, nos quais os diálogos são longos e muitas vezes desnecessários e os tiros, “dominam” em “Vestida Para Matar” acontece o contrario, o silencio está em muitas cenas, com um destaque no take em que Kate, olhando um exposição no museu, se interessa pelo homem desconhecido e os dois iniciam um jogo de sedução no local, não existem diálogos por nove minutos. “Vestida Para Matar” é um clássico de Brian de Palma que merece ser assistido, pois é intrigante, perturba e acima de tudo surpreende.
A Cova da Serpente
Com mais de 62 anos, o filme traz uma história ainda impactante e que vale a pena assistir.
Por Enoe Lopes Pontes.
A Cova da Serpente (The Snake Pit, 1948) conta a história de Virginia Stuart Cunningham (interpretada por Olívia de Havilland), uma mulher apaixonada, que casa-se com Robert Cunningham. Após um tempo, depois do matrimônio, ela começa a apresentar sintomas de desequilíbrio mental. Por este motivo, Robert decide internar Virginia em uma instituição para pessoas que sofrem de problemas psiquiátricos.
Dentro da clínica, Virgínia passa vários dias sem se lembrar de nada e não apresenta muitas melhoras. Com isso, o médico que cuida dela, Dr. Kick, passa a tratá-la com choques elétricos. Entre melhoras e pioras, há um momento em que ela vai para a ala considerada a melhor, a de número um.
Porém, existe no lugar uma enfermeira que implica com a moça. Com isso, as duas terminam discutindo e Virginia vai parar na Ala 33, a pior de todas. Lá ela se sente na “cova da serpente” e se vê sã ao perceber que existe uma loucura muito maior que a dela. Após a sua estadia na Ala 33, o Dr. Kick trabalha na melhora de Virginia e consegue obter bons resultados.
O longa de 1948, dirigindo por Anatole Litvak, possui um conjunto de elementos cinematográficos muito bom. O roteiro, que conta uma história real, faz o público conectar-se com a trama, possui cenas intensas e a conexão entre os atores é perceptível. Fica em quem assiste uma sensação de angústia passada por eles.
Mas, é Olívia de Havilland a grande estrela do filme. Ela encarna Virginia de forma arrebatadora. Quase se sente o que a personagem vive. Seus olhares e expressões marcantes são memoráveis.
VOCÊ LEMBRA? - Todos os Homens do Presidente
Alan J. Pakula dirige este filme que conta a história de uma das maiores investigações do século XX.
por Enoe Lopes Pontes.
Rodado há 34 anos, por Alan J. Pakula (diretor de A Escolha de Sofia), Todos os homens do presidente (All the President's Men, 1976) continua muito forte, com uma trama que poderia ser atual, pois casos como esse ainda acontecem. Ele inspira estudantes de jornalismo e jornalistas a ter vontade de fazer investigações como a mostrada no longa.
O filme, conta a história real de Bob Woodward (interpretado por Robert Redford) e Carl Bernstein (Dustin Hoffman), dois jornalistas funcionários do Washington Post, que após uma invasão a sede do Partido Democrata, em 1972, passam a investigar o caso e terminam descobrindo tudo sobre o escândalo do Watergate, influenciando diretamente na renúncia do Presidente Richard Nixon.
O longa, baseado no livro homônimo, escrito por Bernstein e Woodward, tem um ritmo intenso e o público é levado a sentir as mesmas emoções da dupla protagonista. A cada entrevista e descoberta o espectador vibra junto com as personagens, principalmente o impacto das tomadas com o som da máquina de escrever. Pakula misturou este som com o de um revolver, pois ele queria mostrar que as palavras podem ser utilizadas como arma.
O filme possui grande elenco, Hoffman e Redford passam a cada cena o espírito investigativo e jornalístico necessários. Além da performance de Jason Robards, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Vencedor de 4 Oscar(Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som), Todos os homens do Presidente é um longa marcante e eterno na mente de quem assiste.
TRAILER: www.youtube.com/watch?v=5DZnrC_E5Hc
VOCÊ LEMBRA? - Todos os Homens do Presidente
Alan J. Pakula dirige este filme que conta a história de uma das maiores investigações do século XX.
por Enoe Lopes Pontes.
Rodado há 34 anos, por Alan J. Pakula (diretor de A Escolha de Sofia), Todos os homens do presidente (All the President's Men, 1976) continua muito forte, com uma trama que poderia ser atual, pois casos como esse ainda acontecem. Ele inspira estudantes de jornalismo e jornalistas a ter vontade de fazer investigações como a mostrada no longa.
O filme, conta a história real de Bob Woodward (interpretado por Robert Redford) e Carl Bernstein (Dustin Hoffman), dois jornalistas funcionários do Washington Post, que após uma invasão a sede do Partido Democrata, em 1972, passam a investigar o caso e terminam descobrindo tudo sobre o escândalo do Watergate, influenciando diretamente na renúncia do Presidente Richard Nixon.
O longa, baseado no livro homônimo, escrito por Bernstein e Woodward, tem um ritmo intenso e o público é levado a sentir as mesmas emoções da dupla protagonista. A cada entrevista e descoberta o espectador vibra junto com as personagens, principalmente o impacto das tomadas com o som da máquina de escrever. Pakula misturou este som com o de um revolver, pois ele queria mostrar que as palavras podem ser utilizadas como arma.
O filme possui grande elenco, Hoffman e Redford passam a cada cena o espírito investigativo e jornalístico necessários. Além da performance de Jason Robards, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Vencedor de 4 Oscar(Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som), Todos os homens do Presidente é um longa marcante e eterno na mente de quem assiste.
TRAILER: www.youtube.com/watch?v=5DZnrC_E5Hc
O GAROTO (1921)
Por Henrique Britto
“Um filme com um sorriso – e talvez – também tenha, uma lágrima”
É com essa frase que o maior gênio do cinema mundial Charlie Chaplin, deu inicio a trama do seu longa metragem intitulado “O Garoto”, que conta a história em que o nosso velho e querido vagabundo, encontra um bebê abandonado pela mãe (Edna Purviance), e resolve cria-lo, de seu modo, digamos, peculiar, porém, acaba se tornando um pai extremamente amoroso e cuidadoso, de um menino que é um verdadeiro pestinha.
Os créditos do filme vão muito além da atuação e direção de Chaplin (normalmente impecáveis), pois o desempenho do ator Jack Coogan que faz o papel do menininho, filho adotivo do vagabundo é simplesmente deslumbrante! O então “garotinho” dá um show de interpretação, em cenas, às vezes hilárias, e outras vezes extremamente dramáticas (talvez até cruéis e demasiadamente exigentes para um ator mirim).
Diga-se se passagem o próprio Chaplin, na gravação de uma cena em que o garoto era levado para um orfanato e afastado do vagabundo, mentiu para o menino durante a gravação, dizendo ao garoto que ele realmente estava sendo levado para um orfanato de verdade! Isso porque Chaplin queria extrair DE FATO o sentimento de uma criança ao ser arrancada de sua família. E, crueldades à parte... Conseguiu! Como ninguém mais o fez posteriormente.
“O Garoto” tem tudo que um filme de Chaplin oferece e mais um pouco. Muita comédia, expressões faciais e corporais deslumbrantes, e, nesse caso... Muita comoção. Nota MIL para o pai do cinema!
O LABIRINTO (1986)
Por Henrique Britto
Dirigido por Jim Henson e produzido por George Lucas, e para melhorar, tendo como vilão da história ninguém menos que o grande camaleão da musica pop mundial, David Bowie, O LABIRINTO – A MAGIA DO TEMPO (Labirinthy, 1986), é um longa que nos leva a um mundo mágico e ao mesmo tempo cheio de perigos.
Sarah Willians (Jennifer Connely) é uma adolescente sonhadora e cheia de complexos de rejeição com o pai e a madrasta, e que, além disso, tem que ficar todas as noites cuidando de seu novo irmãozinho, Toby, um bebê de poucos meses de idade.
Sarah, irada pelo ciúme da atenção voltada ao irmão, faz (pensando ser apenas uma brincadeira) um feitiço invocando a presença do líder dos Goblins, o temível rei Jareth (David Bowie). Mas o inesperado acontece, quando realmente os Goblins, seguidos por seu rei, surgem na casa de Sarah e sequestram Toby e o levam para o castelo além do grande labirinto.
Arrependida, Sarah resolve correr contra o tempo e atravessar o labirinto numa aventura, talvez, mortal. É aí que a magia e a aventura começa!
O filme que é indicado para toda família, possui efeitos visuais surpreendentes pra época (não podíamos esperar menos de algo produzido por George Lucas!). Porém, com certeza é em sua trilha sonora, toda composta e executada por David Bowie (que em várias cenas do filme canta e dança) que vocês encontrão todo o sentimento, tão doce, da trama.
Destaco para vocês a cena do baile real. Particularmente faz muito tempo que não vejo uma cena tão tocante e tão encantadora, num filme. Os olhos nos olhos, o rei mal (porém perdidamente apaixonado) e a debutante hipnotizada, sendo distraída de sua real meta, pra mim é o ápice do filme. Onde Sarah passa de adolescente sonhadora, para uma mulher, digna de ser a rainha dos Goblins.
The Wall
Por Henrique Britto
O musical “The Wall”, dirigido por Alan Parker, escrito por Roger Waters e com sua trilha executada por ninguém menos que a banda Pink Floyd em sua melhor formação, é um filme que conta a história de “Pinky”, um rockeiro que teve seu pai morto na 2ª guerra, e diante de uma mãe super protetora, um professor sádico e castrador, a falta da figura paterna em sua vida, e uma mulher infiel, acaba ficando completamente louco.
O mais interessante é que na verdade o personagem principal se encontra catatônico numa cadeira em frente a uma TV que passa cenas de guerra durante todo o filme, e que a maioria das cenas e situações que ele vive na verdade são apenas fruto de sua mente completamente enlouquecida; como no momento em que ele se vê como um grande ditador, insuflando jovens e crianças a cometer todo tipo de anarquia.
Sem antecipações, “The Wall” é um filme diferente, psicodélico, regado com canções que com toda certeza irão te emocionar. E em meio a todo esse aparato de enredo, direção, e trilha sonora impecáveis, a atuação do ator Bob Geldof (que não dá uma palavra durante todo filme) é assustadora e surpreendente.
Nota: 9,5
Batman (1989)
Por Henrique Britto
Os que foram ao cinema assistir "Batman Begins" e gostaram do que viram, deviam assistir também o primeiro filme do mais famoso herói da DC Comics, dirigido pelo conceituadíssimo Tim Burtom.
O primeiro filme, estrelado por Michael Keaton, Kim Basinger e ninguém menos que Jack Nicholson, mostra a primeira aparição do homem morcego na cidade de Gotham, que se encontrava completamente sitiada. Paralelo ao surgimento do herói, eis que surge o maior e mais famoso vilão dos quadrinhos e do cinema, o Coringa! Neste filme Coringa é um figurão da máfia que acaba enlouquecendo. Um tanto engomadinho se comparado com o palhaço psicopata interpretado por Hearth Ledger no filme "Batman: The Dark Knight", porém, a interpretação de Nicholson é espetacular! Fazendo com que suas gargalhadas e piadas sádicas o tornem um personagem adoravelmente odioso.
Efeitos especiais à parte - já que o filme foi criado em 1989 - "Batman" é a minha sugestão pra vocês essa semana. Mesmo aos que não gostam de filmes de super heróis, continuo insistindo que vejam! A trilha sonora e a interpretação de Jack Nicholson fazem o longa valer a pena.
Amor Além da Vida (1998)
Por Henrique Britto
Vencedor do Oscar de melhor de fotografia, Amor Além da Vida (When the dreams may come, 1998) nos leva à uma fantástica viagem e uma belíssima história de amor.
O Corvo
Por Henrique Britto
Estrelado por Brandon Lee, “O Corvo” (The Crow, 1994) é um filme cujo aspecto teatral e gótico de sua fotografia nos leva a um mundo louco, violento, quase sempre escuro e ao mesmo tempo de uma beleza estonteante.
Às vezes, quando alguém é morto injustamente, um corvo o trás de volta ao mundo dos vivos para que a justiça seja feita, e seu espírito possa de fato dormir em paz.
E é assim que o roqueiro Eric Draven, surge como O Corvo (uma espécie de palhaço sombrio, pintado em branco e preto de uma forma que sua boca parece sorrir o tempo inteiro, mas seus olhos parecem sempre estar chorando) quando ele e sua noiva Shelly são espacandos até a morte em seu próprio apartamento na Noite do Demônio. Noite em que todos os bandidos vão às ruas e simplesmente acabam com tudo e todos que aparecerem em suas frentes. Lutas e mortes surreais são o cenário desse filme onde a vingança é tudo que importa. Além disso, vale à pena prestar atenção em sua trilha sonora, que é simplesmente brilhante!
No entanto, o que marca esse filme como algo inesquecível, é a morte do ator Brandon Lee, filho de Bruce Lee, que em um acidente no set de filmagem foi morto com um tiro.
"Lee entrou no set carregando uma sacola de supermercado contendo um saco de sangue explosivo. No roteiro constava que Funboy deveria atirar em Eric Draven quando ele entrasse na sala, estourando o saco de sangue. O projétil que estava preso no cano foi disparado em Lee através da sacola que ele carregava, matando-o. Os negativos com a filmagem de sua morte foram destruídos sem nunca terem sido revelados." (https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Corvo_(filme).
Menina Má.com
Por Henrique Britto
O limite de insanidade que um homem pode ter não é um grande mistério para nós diante de tantos acontecimentos bizarros em todo mundo. Mas até onde uma criança pode ir de encontro à uma vida de maldades?
Menina Má.com (Hard Candy, 2005) é um filme que aborda feridas que a humanidade ainda não conseguiu compreender ou curar. O fotógrafo Jeff (Patrick Wilson) de 32 anos conhece uma menina (Ellen Page) de 14 anos e os dois marcam de se encontrar numa cafeteria. A aparentemente garota inocente finge estar sendo seduzida por Jeff que a leva até sua casa. É aí que o inferno começa... Não pra ela, mas pra ele! Chegando lá a garota revela-se uma psicopata manipuladora, torturando-o psicologicamente, na tentativa de fazer com que o mesmo se acuse de pedofilia. As coisas que essa garota faz eu prefiro deixar para que vocês vejam, pois é indescritível! Ellen Page está magnífica e incrivelmente maléfica neste longa, dirigido por
ESTRÉIA
KARATE KID
ENQUANTO ISSO NA TV...
HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE
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