Em DVD

Em DVD - Nine

 

 Robbie Marshall volta ao mundo do musical com longa repleto de estrelas hollywoodianas 

Em 07 de Setembro/ 2010 - Por Hilda Lopes Pontes  

 

O longa conta a história do cineasta Guido Contini (Daniel Day Lewis,ótimo), que está na crise dos seus quarenta anos e não consegue escrever o roteiro do seu novo filme. Para ele, as mulheres em sua vida o marcaram. Sua esposa traída(Marion Cottilard), a amante (Penélope Cruz), a mãe (sempre diva Sophia Loren), a amiga e figurinista de seu filmes (Judi Denchi),uma prostituta (Fergie, da banda Black Eye Peas) e uma jornalista (Kate Hudson). É através do que viveu com elas que tenta começar seu script.

Apesar do estilo do diretor está presente de maneira marcante no longa – principalmente nos números musicais misturados com os diálogos - o ritmo é lento, as cenas são mal montadas e muitas vezes sem motivo, ou seja, pelo menos 30 minutos de filme poderiam ser cortados e não fariam falta. Tudo parece uma desculpa para mais um número. Outro fator é a enorme quantidade de estrelas em "Nine". São tantas atrizes conceituadas que todas terminam sendo coadjuvantes e não se sabe ao certo a história de nenhuma delas.

 Porém, o longa tem seus bons momentos. As canções Cinema Italiano e Be italian, interpretadas por Kate Hudson e Fergie respectivamente, fazem o ingresso valer a pena. As danças são impecavelmente bem coreografadas e originais além de emocionarem o espectador. 

Em DVD -  A Casa do Lago

    

Após Velocidade Máxima completar 12 anos, Sandra Bullock e Keanu Reeves voltam a contracenar juntos.

 

Em 02 de Setembro/ 2010 - por Enoe Lopes Pontes

 

Em 2006, Bullock e Reeves se reuniram novamente, dessa vez para estrelar um longa de outro gênero. Um remake da Coréia do Sul, Il Mare (2000). Dirigido por Alejandro Agresti (Valentin), a história se passa em duas épocas diferentes. Enquanto Alex Wyler (Reeves) está em 2004, Kate Forster (Bullock) está em 2006. Ele mora na em uma casa do lago, local onde Kate também já viveu. De alguma forma, conseguem se comunicar em anos diferentes, através de uma caixa de correios.

A ideia do filme em si é muito boa, mas não tem como julgar isto, pois ele é uma regravação, por isso não é original. Contudo, o mais importante sobre este roteiro, mesmo que reaproveitado, é o fato dele ser surpreendente. Durante o longa (para quem não viu Il Mare e não sabe o que vai acontecer), cria-se uma expectativa.

Além disso, a química entre os protagonistas continua, porém há uma maior intensidade entre eles. Isso pode ser por estarem mais velhos ou por já terem trabalhado juntos, mas as cenas crescem quando os dois se encontram e quando as cartas são lidas e, principalmente, em filmes românticos essa característica em muito importante. O público cria uma ligação maior com as personagens

Não pode-se dizer também que A Casa do Lago é uma grande película. Existe uma demora para que o rítmo se estabeleça e uma cenas com coadjuvantes que se estedem de mais e que podem deixar algumas pessoas ansiosas para que elas passem logo. Com exceção de Christopher Plummer (Simon Wyler), que se destaca. Afinal, ao lado de Keanu Reeves (que não é um ator ruim, mas passa longe de ser bom), fica difícil não brilhar. Não é uma grande performace de Plummer, porém ele é o que parece se esforçar mais.

Já Sandra, é o tipo da atriz que sempre faz o mesmo papel. É extremamente carismática, contudo isso não é o suficiente para que se destaque. Falta nela uma veracidade maior. Algo que impussione o público a acredita no que ela diz.

A Casa do Lago é mais um daqueles romances hollywoodianos que ficam na média, não desagradam, mas também não passam disso. 

Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas

 

José Alvarenga conduz a seqüência deste longa que, apesar de algumas piadas de mau gosto, é salvo pela química dos protagonistas

 

Por Hilda Lopes Pontes

Os Normais foi uma série de televisão brasileira exibida pela Rede Globo, nas noites de sexta-feira. Os textos são escritos por Alexandre Machado e FernandaYoung com direção geral de José Alvarenga Júnior. O seriado era um fenômeno e possuia um grande índice de audiência. O novo longa homônimo, que tem sua estreia na rede de tv a cabo, lembra o humor do programa de TV, faz rir, porém, decepciona pelos clichês já usados em inúmeros filmes estadunidenses.

Após de 13 anos de noivado, Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) estão com a relação desgastada. Para reanimar o convívio, o casal resolve fazer um ménage à trois. A história desenvolve-se enquanto os dois procuram, na cidade do Rio de Janeiro, a melhor parceira para realizar o fetiche.

A premissa do filme até poderia render, mas o humor é mal explorado e as piadas, apesar de causarem risadas, são passageiras e não ficam na memória como as vistas no seriado. Algumas cenas, também, deixam a desejar pelo preconceito exacerbado (como a questão lançada sobre uma tela preta - O que dá o cruzamento do ser humano com o bicho-preguiça? -, que se segue de resposta em tom de anedótico – O baiano). Além do que, as confusões, muitas vezes, parecem uma desculpa para fazer piadas previsíveis.

Contudo, os protagonistas destacam-se pela sintonia, pelo ritmo e pela química, sempre acertam no tom e fazem o espectador sentir cumplicidade, o que minimiza as falhas de roteiro e direção. Porém, a obra não deixa de parecer muito mais com um episódio prolongado do seriado global do que com um filme e só é uma boa pedida para  aqueles que ainda se divertem com um dos casais mais problemáticos da TV brasileira.

 

 

As Bruxas de Salém

 

Por Marcos Paulo Duarte

 

Esse filme, definitivamente foi um dos filmes mais escrotos que eu já assisti.

Poucos filmes conseguiram me sugar tanto quanto esse, me fazer sentir tanta raiva, que se eu pudesse entrava na televisão e matava a sangue frio Winona Ryder. Graças a isso, tenho que agradecê-la por ser essa atriz Fenomenal que ela é.

Seus maiores méritos nesse filme são por conseguir fingir ser alguém que nem existiu, mais ainda assim despertar o mais odioso tipo de raiva que um ser - humano pode sentir: A vontade de fazer justiça com as próprias mãos. E pode ter certeza, ao assistir a esse filme, não existe essa pessoa que não se morda de raiva das atitudes odiosas de Abigail (Winona Ryder).

O resto do elenco também não fica para traz. Daniel Day-Lewis como sempre maravilhoso e dispensa comentários. Joan Allen que faz o papel de Elizabeth, a mulher de Daniel Day-Lewis também desempenha muito bem o seu papel.

Vamos a historia do filme.

Winona Ryder interpreta a grande vilã do filme, a dissimulada Abigail Williams. Ela teve um caso com John Proctor (Daniel Day-Lewis) enquanto trabalhava para ele, o problema é que ele é um homem casado e a dispensou.

Desiludida, completamente apaixonada e dominada pelo sentimento de raiva, deseja a todo custo o mal para a esposa de John, Elizabeth.

Em tempos de caça as bruxas e de enforcamento por qualquer ato suspeito de bruxaria, Abigail e algumas amigas são descobertas na floresta praticando simpatia para atrair os homens que desejam. Pressionadas pelo medo de serem mortas, alegam estarem sobre influência de bruxaria e conseguem por meio do cinismo e falsidade, fazer a cabeça das pessoas que moram em Salém, se aproveitando da situação para se vingar de todos que elas não gostam, acusando um a um de ter enfeitiçado ela e as garotas, provocando assim uma histeria completa na cidade.

Abigail faz varias acusações falsas a pessoas de boa índole e bom caráter, que tem como fim a própria morte mesmo sendo inocentes, para enfim conseguir chegar ao seu objetivo: Ver Elizabeth ser atingida.

Em minha cabeça, nenhum ser humano normal consegue assistir injustiças a pessoas inocentes sem desejar que a mesma seja vingada, ou que os algozes sofram tudo que fizeram. A emoção mais forte que esse filme vai conseguir fazer você sentir, é a raiva. Raiva por não poder fazer nada para impedir que aquelas pessoas paguem por coisas que não fizeram, apenas para realizar o desejo de uma garota com o coração partido. São quase 3 horas de filme sentindo muita raiva e se espantando cada vez mais com as atitudes das garotas, sem acreditar que alguém poderia conseguir ser tão dissimulada a tal ponto . E é exatamente nesse ponto que o filme consegue ser tão maravilhoso e envolvente. Digo que é quase impossível alguém não se sentir envolvido por essa película. Algumas cenas como a simulação de ataque as garotas na igreja são de querer pular para dentro do filme e gritar a verdade para todo mundo.

Ao fim do filme, a gente se sente desgastado, e um pouco sem fé na humanidade, pois o que poderia ser apenas ficção não passa de realidade, e saber que existem pessoas iguais aquelas garotas vivendo perto de nós, nos fazem temer e nos sentir até tristes por não conseguir entender como alguém pode ir tão longe passando por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer.

Eu confesso que sou um grande fã de filmes que conseguem me fazer sentir QUALQUER tipo de sentimento, principalmente aqueles que não tenho costume de sentir no meu dia-a-dia, é tão bom poder se sentir coisas com uma película, coisas que você não está acostumado a sentir, independente se o sentimento é ruim ou bom. Essas películas são as que conseguem fazer nós seres humanos nos sentir vivos, e talvez um pouco vulneráveis.

O filme é maravilhoso justamente por despertar em nós esse incrível senso de justiça, essa raiva contra as pessoas malvadas, e a tristeza e pena pela morte das que não tiveram culpa. Com certeza está na minha lista de filmes preferidos, e eu dou 5 estrelas merecidas, pois tudo se encaixa perfeitamente bem!

Direção, Roteiro, Atuações, Historia.

A cada minuto do filme você vai se sentir mais preso e interessado no que vai acontecer depois.

E calma, se controlem para não voarem em cima das suas televisões! Hehehe

Espero que tenham gostado.

 

 

 

A Troca

 

Por Marcos Paulo Duarte

 

Assisti a esse filme de Clint Eastwood sem nenhuma expectativa de que fosse me agradar, não que eu não goste das coisas que ele produz, muito pelo contrario.

Ainda não assisti a todos os filmes que ele já dirigiu, mas os que assisti me agradaram bastante, e ele mostrou que além de um bom ator também sabe dirigir um filme. Posso citar exemplos como: As pontes de Madison (The Bridges of Madison County), 1995; Sobre meninos e Lobos (Mystic River), 2003; Menina de ouro (Million Dollar Baby), 2004; entre outros.

Eu estava sem expectativas para assistir "A Troca (Changeling), 2008". Simplesmente porque eu achava que ia ser mais do mesmo. Eu não tinha conhecimento da história que o filme conta, e que por sinal é real, e achava que ela iria guiar por outro caminho completamente diferente pela qual o filme caminha. Grande surpresa, o filme não era nada que eu esperava que fosse, graças a deus. Me surpreendi com a historia de Christine Collins, que mesmo não esperando que um dia fosse virar uma heroína e ter um filme feito sobre a vida dela, acabou virando e se tornando mundialmente conhecida. Basicamente, o que aconteceu com ela foi que ela saiu para trabalhar e deixou o seu filho Walter sozinho em casa. Ao voltar do trabalho, o menino estava desaparecido, para o desespero dela. Após alguns meses de busca, a polícia de Los Angeles aparece alegando ter encontrado o seu filho. O que ela não sabia, é que aquela criança que a polícia dizia ser sua, na verdade não era. A partir daí começa a busca desesperada de uma mãe para conseguir provar a todos que a policia cometeu um erro e não quis se redimir, pois na época todos os olhares estavam apontados para eles por causa de seus atos corruptos, e nessas circunstancias assumir tal erro só faria piorar a sua imagem. Depois daí, as injustiças começam a piorar, e Christine Collins luta cada vez mais para descobrir a verdade e encontrar o seu verdadeiro filho.

O ponto que todos estavam ansiosos para ver com os próprios olhos foi Angelina Jolie. Será que ela será capaz de fazer bem-feito esse papel que exige tanto de uma atriz, para poder passar com realeza a dor de uma mãe por perder seu filho? A resposta é SIM. Ela conseguiu!

Dizer que Angelina Jolie não é uma boa atriz seria uma mentira deslavada, ela é sim uma atriz talentosíssima, o seu único problema é não saber escolher filmes que exigem dela todo o seu potencial.

O último filme que a atriz atuou magistralmente, foi: Gia – fama e destruição (Gia), 1998; e desde esse filme, ela nunca mais fez nada parecido até "A Troca".

Todo o potencial dela é explorado, nos proporcionando cenas de tirar lágrimas dos olhos, Raiva pelo sofrimento causado a ela, e torcida para que tudo dê certo no final. Jolie cumpre seu papel como a ótima atriz que ela é. É uma pena que em seu currículo não existam muitos filmes iguais a esse.

Nós podemos ver o quanto ela consegue passar exatamente a dor que uma mãe sente pela perda de seu filho, em cenas como a que a policia vai a seu trabalho para avisar que encontrou o menino, depois de meses de procura. Toda a alegria se transforma em lagrimas, e as expressões de Jolie são tão verdadeiras que o telespectador se emociona junto a ela.

"A Troca" é um filme com um potencial enorme, muito bem dirigido, com uma historia real que todos deveriam ter conhecimento, e consegue cumprir o seu papel perfeitamente bem. Recomendo a todos que querem se emocionar e ver boas atuações na telinha. Até porque não são todos os filmes hoje em dia que conseguem fazer a gente se envolver e sentir na pele o que os personagens sentem.

 

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